Um recuo que pesa — números e causas
Em 2025, os Estados Unidos estão projetados para perder cerca de US$ 12,5 bilhões em gastos de visitantes internacionais em relação ao ano anterior — um baque considerável para a economia do turismo e da hospitalidade. Esse valor representa menos reservas de hotéis, menos refeições em restaurantes, menos compras e menos voos lotados. Na prática, significa também impacto direto em milhares de empregos que dependem desses viajantes. Projeções do setor indicam que essa queda não é pontual: é parte de uma tendência preocupante.
Políticas que afastam: a “visa integrity fee” e outras barreiras
Entre os fatores que explicam essa retração está a nova “Visa Integrity Fee”, taxa de US$ 250 que começou a ser aplicada em 2025 para diversos tipos de visto não imigrante. Embora em alguns casos haja previsão de reembolso, o efeito psicológico e financeiro sobre o turista é claro: a viagem fica mais cara antes mesmo de começar. Some-se a isso a burocracia, prazos mais longos para entrevistas e um clima político percebido como menos receptivo, e o resultado é desestímulo para visitantes de mercados-chave, como a América Latina e parte da Europa.
Entradas lentas: aeroportos e a experiência inicial
A primeira impressão importa — e muito. Glenn Fogel, CEO da Booking Holdings, já alertou que filas intermináveis, falta de pessoal em imigração e infraestrutura defasada nos aeroportos prejudicam seriamente a imagem do país. Isso é especialmente grave com grandes eventos à vista, como a Copa do Mundo de 2026 e os Jogos Olímpicos de 2028, que devem aumentar o fluxo de visitantes. Mesmo quem já comprou passagem pode repensar a viagem ao saber que terá horas de espera para entrar no país.
Impactos diretos nas cidades turísticas
Quando o fluxo internacional diminui, as consequências são imediatas: restaurantes com mesas vazias, hotéis com baixa ocupação, operadores turísticos com menos clientes e até queda na arrecadação de impostos municipais. Las Vegas, por exemplo, já registra queda na movimentação turística e no consumo — um alerta para outras cidades que dependem fortemente desse público.
Como americanos e brasileiros encaram o turismo
Nos Estados Unidos, o turismo internacional é muitas vezes associado a viagens de alto valor — eventos, negócios, compras e luxo. Já no Brasil, o turismo tende a ser mais diverso e conectado à cultura local: festas populares, natureza, gastronomia e hospitalidade. Brasileiros que viajam para fora, contudo, também valorizam praticidade, acolhimento e custo-benefício. Isso abre uma janela estratégica: com os EUA mais caros e burocráticos, destinos brasileiros podem se posicionar como alternativas viáveis e atrativas para turistas internacionais e também para brasileiros que decidam “ficar por aqui” em vez de encarar barreiras no exterior.
Medidas que podem mudar o jogo
Para reverter a queda, especialistas sugerem:
1. Acelerar o processo de entrada com mais agentes e tecnologia.
2. Revisar ou simplificar taxas que afastam viajantes.
3. Campanhas de imagem internacional que reforcem hospitalidade.
4. Parcerias entre aeroportos e destinos para criar rotas mais diretas e atrativas.
No setor privado, a recomendação é investir em pacotes claros e sem custos surpresa, com experiências personalizadas e bem divulgadas nas plataformas de reserva.
Oportunidade para o turismo brasileiro
O Brasil tem a chance de aproveitar essa mudança no cenário global. Viagens para cá oferecem diversidade cultural, natureza exuberante e custo-benefício competitivo — especialmente se comparadas a destinos mais caros e burocráticos. Investir em marketing digital, melhorar a experiência de chegada (inclusive para estrangeiros), e oferecer hospedagem e transporte com preços transparentes pode aumentar o fluxo de visitantes e reter turistas que pensavam em ir aos EUA.
hora de agir — e de planejar sua próxima viagem
A perda bilionária prevista para o turismo nos EUA é um alerta: quando políticas e infraestrutura criam barreiras, destinos perdem competitividade rapidamente. Para o Brasil, isso representa uma oportunidade única de fortalecer seu posicionamento como um destino acolhedor, diverso e acessível. Seja para brasileiros repensando viagens internacionais, seja para estrangeiros em busca de novas experiências, a hora de promover e investir no turismo interno é agora.
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Fontes consultadas: World Travel & Tourism Council — projeção de perdas e impactos econômicos, Financial Times — declarações sobre filas e infraestrutura nos aeroportos, Axios — detalhes sobre a “Visa Integrity Fee” e efeitos em grandes eventos, KPMG — informações sobre implementação da taxa de visto.
Análises setoriais sobre retração de visitantes em cidades turísticas.