Peñico, a cidade ancestral que conectava o Pacífico, os Andes e a Amazônia: nova joia arqueológica do Peru
O Peru, conhecido por suas civilizações milenares e maravilhas arqueológicas como Machu Picchu e as Linhas de Nazca, acaba de adicionar mais um tesouro à sua história: a descoberta da cidade antiga de Peñico. Localizada a cerca de 200 km ao norte de Lima, na província de Barranca, essa cidade de 3.500 anos surpreendeu arqueólogos e promete se tornar um novo polo de turismo histórico e científico no país.
TURISMO INTERNACIONAL
Patricia
7/9/20253 min read


O que torna Peñico tão fascinante é sua localização estratégica e função sociocultural. A cidade foi um elo vital entre as civilizações costeiras do Pacífico, as comunidades andinas e os povos da floresta amazônica. Especialistas afirmam que Peñico era um ponto de convergência para comércio, trocas culturais e práticas ideológicas entre diferentes regiões e povos do território peruano antigo.
A cidade foi erguida entre 1800 e 1500 a.C., período em que as primeiras civilizações floresciam no Egito, na Mesopotâmia e na China. Isso posiciona Peñico entre os centros urbanos mais antigos das Américas, ao lado da civilização de Caral, considerada a mais antiga do continente, com cerca de 5.000 anos.
O que foi encontrado em Peñico?
Durante oito anos de pesquisas lideradas pela renomada arqueóloga Ruth Shady — mesma responsável pelas escavações de Caral — foram identificadas 18 estruturas distintas no sítio arqueológico de Peñico. Entre elas, destacam-se templos cerimoniais, complexos residenciais e um intrigante salão quadrangular decorado com imagens de pututus (instrumentos musicais feitos com conchas), sugerindo um espaço de poder administrativo ou religioso.
Além das estruturas, os arqueólogos encontraram artefatos que incluem esculturas de argila representando figuras humanas e animais, colares de contas e conchas marinhas. Esses achados reforçam a teoria de que Peñico era um centro ritualístico e comercial vibrante, com forte influência ideológica e cultural.
Uma cidade irmã de Caral?
A descoberta de Peñico fornece novas pistas sobre o destino da civilização de Caral, que floresceu no Vale de Supe e desapareceu provavelmente em consequência de mudanças climáticas severas. Peñico pode representar a continuação natural dessa civilização, mantendo sua estrutura social, arquitetura monumental e conexões econômicas com outras regiões.
Segundo o arqueólogo Marco Machacuay, do Ministério da Cultura do Peru, essa continuidade histórica revela que os povos originários conseguiram se adaptar e migrar, mantendo parte de sua identidade cultural viva por milênios.
Um novo destino turístico e científico
A cidade de Peñico será oficialmente aberta ao público em 12 de julho de 2025. Autoridades peruanas esperam que o local se torne uma importante atração arqueológica, assim como já ocorre com Caral, Machu Picchu e as Linhas de Nazca.
Além de ser um destino promissor para turistas que buscam experiências culturais autênticas, Peñico também deve atrair estudiosos do mundo inteiro interessados em entender como essas antigas sociedades se organizavam e se conectavam geograficamente.
Turismo histórico em alta no Peru
Peñico se junta ao seleto grupo de sítios arqueológicos que transformam o Peru em uma potência do turismo histórico. Em um momento em que o turismo cultural e de experiência cresce em todo o mundo, visitar locais como Peñico se torna uma oportunidade única para viajar no tempo e entender as raízes das civilizações americanas.
Se você é apaixonado por história, arqueologia ou viagens fora do comum, incluir Peñico no seu roteiro é uma escolha certeira. Combine a visita com outros locais históricos peruanos, como:
Machu Picchu: a icônica cidade inca nos Andes.
Linhas de Nazca: geoglifos misteriosos visíveis apenas do alto.
Chan Chan: antiga cidade de barro dos chimús em Trujillo.
Caral: a cidade mais antiga das Américas, também no Vale de Supe.
A importância de preservar
Mais do que um destino turístico, Peñico representa a necessidade urgente de preservar o patrimônio cultural da humanidade. As descobertas feitas ali ajudam a reconstruir a história de um continente e a compreender como sociedades sofisticadas floresceram mesmo sem contato com outras grandes civilizações do mundo antigo.
Proteger esses sítios é proteger a memória coletiva de quem somos, de onde viemos e o que podemos aprender com o passado.
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