A COP30 e o Futuro da Amazônia: Um Evento Climático Transformador no Brasil
Os trabalhos para a COP30 em Belém, no coração da Amazônia brasileira, segue a todo vapor — e um dos movimentos mais poderosos vem das próprias raízes da floresta. Jovens indígenas, integrantes do Programa Kuntari Katu, estão se preparando para representar seus povos nas mesas de negociação internacionais que discutirão o futuro do planeta. Durante a Conferência de Bonn, na Alemanha, 23 alunos do programa participaram como ouvintes das discussões sobre adaptação climática, mitigação de impactos e financiamento verde. Mais do que observar, esses jovens líderes trazem consigo saberes ancestrais e o desejo de garantir que suas vozes — e seus territórios — sejam respeitados.
TURISMO NACIONAL
Nei Cardoso, Patricia Fogaça
7/6/20252 min read
Indígenas do Kuntari Katu ganham voz nas negociações climáticas rumo à COP30
Saberes tradicionais e diplomacia de mãos dadas
Criado em 2024, o Kuntari Katu é um projeto brasileiro que prepara lideranças indígenas para atuar em fóruns globais de clima. A proposta vai além da capacitação técnica: ela valoriza a união entre conhecimento tradicional e a diplomacia internacional, ampliando o espaço de fala dos povos originários nas decisões ambientais.
Para Maisangela Oliveira, do povo Sateré-Mawé, a presença indígena na COP30 será decisiva:
“Nós protegemos as florestas, os rios e nossas terras. Por isso, precisamos ser ouvidos. Levar nossa voz à COP30 é um passo essencial na luta pela demarcação dos nossos territórios.”
Já o estudante de Relações Internacionais Eliel Ukan Patté reforça que as decisões tomadas sobre adaptação e financiamento climático impactam diretamente o dia a dia nas aldeias:
“Estar presente nesses debates é levar nosso conhecimento e garantir que nossas realidades sejam consideradas. Afinal, o que se decide no global, chega até o nosso território.”
Demarcação como medida de mitigação
A aluna Ana Flávia Sampaio, também participante do Kuntari Katu, destaca a importância de incluir a demarcação de terras indígenas como estratégia de mitigação climática. Para ela, os debates técnicos devem reconhecer o papel das comunidades na conservação da natureza:
“Estamos em diálogo com diplomatas e queremos mostrar que proteger nossos territórios é proteger o planeta.”
Caminho até Belém 2025
Com mentorias contínuas e atuação em campo, o programa Kuntari Katu vem formando uma geração de diplomatas indígenas preparada para atuar de forma ativa e transformadora na COP30, que ocorrerá em Belém, em 2025. A expectativa é que esses jovens ampliem o protagonismo indígena no maior evento climático do mundo.
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